Minha Escrita ...

Muitos não entendem minha escrita.

De certo que muitas vezes eu não me entendo, mas escrever para mim é muito mais do que um ato de expressão, é multiplicar de forma infinita a possibilidade de se mostrar para o mundo.

Por essa razão, minha escrita é sincera e muitas vezes abstrata, pois não sei me mostrar de forma diferente.

Muitos não entendem minha escrita.

Isto não glorifica e nem desvaloriza minhas palavras.

Só as tornam enigmas da existência e da linguagem explicitada.

O que isso significa?

Nem sempre as palavras precisam ser decifradas, apenas sentidas, vivenciadas.

Compartilho minha vivência sem saber ao certo a Importância desse ato.

Muitos não entendem minha escrita.

Por essa razão me taxam como sonhadora, extremamente ideológica, muitas vezes nostálgica e inverídica.

Não me importo, nem sempre é bom ser compreendida, se compreendessem tudo que se passa comigo muitos não me suportariam.

Devaneios? Podem ser!

Vejo como ecos de uma mente que tenta silenciar uma alma incessantemente incomodada.

Nina, novamente caiu no abstrato.

É por isso que muitos não entendem sua escrita.

Qual o problema?

Não quero ser concreta em nada.

Quero realizar meus objetivos no abstrato de meus sonhos e desejos.

De concreto só o final, o durante se realiza em meio à poesia.

Você acha que isso não funciona?

Tente viver em prol do que acredita e idealiza, não se prenda a meras ocasiões e solenidades. Descubra-se a todo instante, aprenderás muito mais na inconstância do que na normalidade.

Nina, eu sou.

Com palavras muitas vezes incompreendidas, mas com anseios de maior subjetividade e complexidade para este mundo de seres sobreviventes, anônimos transeuntes, que passam somente e jogam fora a magia de estar vivo e poder expressar-se de maneira ímpar e totalmente singular a este sócio-pseudo jeito de viver padronizado.

É mais fácil ser pré-moldado, seguindo os passos e as setas sociais que lhe são delineadas a todo instante?

Certamente.

Mas quem disse que precisamos de facilidade!?

O melhor de nós surge na esperança do impossível, no desafio da dificuldade.

Interprete-se, reinvente-se.

Muitos não querem entender minha escrita.