ESPERANÇA

De repente quando não mais se acredita, as coisas retornam, saem das sombras e mostram que sempre estiveram ali.
O sonho que havia se transformado em pesadelo, numa mistura de medo e angustia, ressurgi de madrugada, espantando fantasmas e reacendendo a chama que parecia morrer.
E assim lá vem a esperança de malas prontas para instalar-se confortavelmente nos intermináveis dias de espera e solidão e mais uma vez, tua imagem fica nítida, teu olhar invade meu teto na escuridão e ao dormir sonho com o teu abraço e com um caminho, que já tinha ficado para trás.
Que faço agora com essa esperança atrevida, se nem mesmo sei se devo tê-la comigo, ou se devo expulsá-la em definitivo da minha vida.
O que faço com esse amor que não acaba, o que faço com essa vida conturbada, com essa saudade absurda dos teus olhos morenos sobre os meus.
Ah! Tenho medo que essa esperança, que tem a alma de criança, resolva brincar comigo outra vez e que traga-me de volta sua amiga tristeza que por pura gentileza afastou-se há tempos daqui.
Então peço que responda o que faço com essa esperança, se nem mesmo sei, se posso sonhar em ter você .....

15/04/06


 
Sonia Ferraz
Enviado por Sonia Ferraz em 08/05/2006
Reeditado em 23/07/2016
Código do texto: T152385
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