madrugadas frias igualmente a nós

Rio de janeiro, 09 maio de 2006.

Nesse instante, um pouco de dor de cabeça e uma ansiedade enorme. Mais uma noite sem dormi e uns cafés.

Mesmo quando pergunto o que tenho, a resposta é sempre a mesma: insatisfação comigo.

Tenho uma vida normal, sem muitas alterações, salvo por alguns momentos de saudades.

Não sei porque meu coração busca tanto um amor que não existe e uma relação de conto de fadas, deve ser por culpa do meu gosto por literatura, tenho um amor maduro tranqüilo e com muito pé no chão, uma família como poucas pessoas têm.

Um marido formidável, companheiro e que me ama muito; filhos lindos. Mesmo assim, ainda não achei meu centro, não consigo expressar meu desencanto, sempre atribuo ao fracasso profissional ou ao lugar onde vivo, nunca me adaptei a esse lugar, sem cultura e muito longe dos lugares que eu gosto de ir; nada mais chato do que não ter com quem conversar dos assuntos que te interessa ou ter que conviver com pessoas que não te acrescentam muito.

Vivo inventando o que fazer ou em que posso trabalhar e nunca me acho muito envolvida, gosto de vendas e tenho um certo jeito pra isso, mas não encontrei ainda uma empresa na qual me envolvesse completamente.

Gosto muito de leitura, e adoro um café, sonho em poder um dia escrever um livro, gosto de ouvir um violão, de um bate papo entre amigos, (mesmo sem costumar beber) gosto de um bom vinho e um peixe, amo chocolate meio amargo, noites frias, calor de fogueira, luz de velas, um lençol quentinho, beijo na boca, meias de lã, cheiro de chuva e mato molhado, acredito em Deus, tenho medo de perder as pessoas que amo, tenho ciúme, adoro sexo, sempre quero colo e um cafuné, sou apaixonada por meus filhos, acredito que exista outra vida, e, que a morte é uma passagem pra essa vida, tenho uma visão do amor diferente:

Acredito que podemos amar várias vezes, mas que só temos um grande amor na vida e que esse amor é capaz de nos seguir em todos os instantes. Sofro por não poder estar em Pernambuco, juntinho de minha família e não viver seus momentos, e, quero entender o porque de continuar aqui, se vivo dizendo que não tenho laços maiores. Lembro dos amores vividos, lamento os que nunca vivi, e nessa ciranda louca me perco no tempo................................

Madrugadas fria, igualmente a nós!(Linda Lemos)

Noite de duvidas...

Pedra que estão sempre no caminho, não adianta detoná-las, mesmo como grãos de areia vai ferir nosso caminhar. Renuncias, abnegação, razão, coerência, são atitudes muito difíceis, principalmente quando se é movido pelo coração. Onde se pode viver as loucuras senão nas palavras, e por isso escrevo, sem texto pronto,com a alma entregue,sem noção de gramática, sem rima ou nexo. Onde o tempo se confunde, e o relógio não importa.

As noites sempre poéticas e as madrugadas frias do mês de maio, retratam me espírito, solidão é meu resumo. Saudades, infinitas de anos atrás, onde ser livre me custava tão pouco.

Onde estou, cadê o meu eu, em que caminho o perdi, já não me reconheço, choro, e chorar me alivia.

12/05/06 (Linda Lemos)

Outra noite, mais uma madrugada!

Igualmente fria.

Onde o vento se confunde com meu pensamento.

Cadê você, onde estás?

Cobres meus ombros, me aquece a alma,

Faz-me cafuné, me acalma.

Cuida de mim!

Não aceitas meu não

Abre a janela, sente esse vento,

Lê meu pensamento

E me faz retornar

Ainda é madrugada!

Vai nascer outro dia.

Mas em quanto não amanhece

Faz uma prece, e...

Deixa-me sonhar

Ainda é madrugada!

linda lemos
Enviado por linda lemos em 13/05/2006
Código do texto: T155478
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