EU SINTO MUITO!
Poeticamente, um alento: lamento!
O fim cacarejando e lambendo os nós
Deixados pelos restos de escada que inda restam em mim.
Não sou mais assim
Desse jeito impoluto; estou de luto
Movo veias do passado a me singrar com desleixo.
Pode ser que eu nem mesmo aguente
Mas, são tão relíquias essas tais autenticidades
Que me roubam da cama a me levar ao banheiro.
Rogo aos mares por uma alíquota de imensidão
A abrandar pranto meu e a me desferir leso amor
Aquele real fulgor que me foi abatido pelos meses reveses.
Santa rosa efêmera quase suspensa da solidão!
Olhai ao léu, próximo ao horizonte: lá estarei eu
De pés no chão, um pé de rotas meias e um o olhar ensangüentado.
De tanto esperar, mover-se-á o moinho
Por tanto chorar, aquela fogueira apagar-se-á
Será que tantas lamúrias figurarão em meu picuá tão descosturado?