VIVEREI!

Negue

Cegue até o amanhecer desambíguo

A losna respira tão fundo quanto teus aposentos.

Reze para não haver enxames

Reclames de nada... e dum choro

Convoluto, como parte dum mundo... perplexo.

Assiste-lhe o fundo repleto de mágoas

Outras sem jeito de chorar – murmuram lencinhos

Só a rechaçar modinhas e lampejos... Oh, insanidade!

Talvez, jamais terei certa idade

Não perquirirei alma límpida em cais modesto

Mas, em suma, digo, com extenso torpor de minhas artérias, viverei!

Cesar Poletto
Enviado por Cesar Poletto em 08/05/2009
Código do texto: T1583558
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