Doce Encontro

Seria somente mais uma manhã de sábado. Porém, ele chegou junto com os raios de sol e com um sorriso foi até ela. Percorreu seus instantes feito brisa e deixou um som de suave perfume pelos seus sentidos.

Não soube dizer quais os momentos e quais os sentires foram mais intensos. Muito provavelmente todos o foram. Desde o cumprimento, as primeiras palavras, as voltas ao redor do hotel, a rosa ofertada, o beijo pleno de doçura, os corpos naturalmente enlaçados, o desejo circulando livre na pele, o toque, o sabor, o cheiro de uma harmoniosa combinação. Sentir-se dele, senti-lo seu, sentir o êxtase pintado de céu, como se fosse um reencontro marcado pelas estrelas.

Passear pelo parque, tomar chimarrão, ouvir seus silêncios, ler seus olhos, sentir sua presença, beijá-lo, abraçá-lo, viver poemas, expressar seu eu, trocar sorrisos, dialogar pelas entrelinhas e enigmas de luzes e sombras. Deliciar-se com a doçura e perspicácia tão manifestas nos olhos e lábios seus.

Em seu recanto perder-se completamente em seus braços e nas carícias mútuas deixar-se levar por ondas de prazer, mares de luz, o vazio pleno do nirvana.

Mas talvez de todos os momentos, os mais belos, os mais mágicos, os mais reveladores, tenham sido os de pura ternura da despedida. Como se somente ali, naquele instante, ela pudesse dimensionar o real significado daquele encontro, das asas vibrando em seu coração.

- Até a próxima doce, terno e lindo menino!

Paola Caumo
Enviado por Paola Caumo em 28/05/2006
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