ACORDANDO VERSOS

 


O ser humano anda calado, distante da ternura, fugindo do amor... Vivendo utopias passageiras, tentando segurar a passagem do tempo com unhas e dentes... Segue cético, despido de ilusões... Perdida a arte de sonhar, cerra os olhos à fantasia, oculta as palavras de encanto e no silêncio do canto, veste-se de desencantos. Fica à beira do caminho, sozinho! Alma aflita, em total inquietude... Esperança nas mãos do engano em noites sombrias, sem raios de luar.
Cabe aos poetas divulgar e confirmar que a vida é bela, mesmo com todas suas mazelas, amar traz sofrimento, mas plenitude e paixão, um vulcão que incendeia a pele, que o enlevo de corpos em vôos dura a eternidade do momento e o êxtase é tamanho, que perdura! A saudade, um sentimento pela metade, mas vivido com intensidade! Emoções não devem ficar presas num jardim secreto, deserto, sem luz... Sem trocas ou toques...
Talvez a magia da poesia brote em corações descrentes e a sensibilidade possa ali ficar e fluir, fluir, fluir... Até desabrochar e uma nova criatura  acorde, em versos!

 

25/03/2009

 

Anna Peralva
Enviado por Anna Peralva em 12/07/2009
Reeditado em 06/01/2013
Código do texto: T1696255
Classificação de conteúdo: seguro