SOLIDÃO...

Solidão.

De puxar pelo cabelo aquela boneca ensebada;

De dar dor nas costas de tanto que a glote apita;

De se ter vontade de romper o cio do ócio com uma adaga cega;

De sair em arrebatamento contínuo, às fezes, antes que o sol amanheça a veracidade da vida;

Mas, inda assim, é só solidão!

Uma situação em que se sente só pelo nó do dó;

Que entrelaça, que cavouca, que desadora, afoga.

Ah, se eu conseguisse arrebatar essa solidão!

Vertê-la-ía com envelhecido, caçoando de zafimeiras estrelas no mar aberto;

E singraria sem pejo

E me seria feliz!

Cesar Poletto
Enviado por Cesar Poletto em 16/07/2009
Código do texto: T1703136
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