SE EU NÃO FOSSE TÃO PROFUNDO...
Quiçá, amanhã, eu não rebente
Poderá ser um tormento
Nem o céu nem o ar, lá, haverá por mim
Às vestes na popa; a mortalha.
Outras ledas e velhas histórias me engazoparam
Não tenho boa escada a ampliar a queda
Não tenho massa a esplandecer o frágil coral
Só tenho vela apagada; só tenho ressequida mágoa.
O cabo não será rotundo o bastante
Minha alma já tratada inda anda inchada - e achacada -
Não consigo enxergar minha fase de cio
Nem a terra nem o mar há de me olvidar.
Dessas preciosas e forasteiras idéias, descamei
Por incrível que se pareçam com vidas
São besteiras; são meus calos em conluio com a aorta
Que inda pulsa; mas, com tristeza, borra.
Não me ergo desta vez, pois o ego já murchou!
Já plantou outra semente que morreu na primazia
Pensava em ter com o amigo envelhecido...
Mas, o quê?
Continuo, lentamente, a fiação do cabo e à mensuração da altura.
Se não fosse tão alto!
Se eu não fosse tão profundo...