Êta vidinha miserável

ÊTA VIDINHA MISERÁVEL

Moro num País tropical

De regime capital,

Governado pelo mal,

Onde o jogo e o marginal,

Mandam até no carnaval.

Qual imperador ou nobre,

Fazendo do povo pobre,

Um escravo apavorado,

Enquanto o real governo,

A bem da verdade, encobre.

Deixando sempre de lado,

Tanto roubo e agressão,

Dos quais também participa,

Transformando o cidadão,

Num palhaço abandonado,

Desprotegido e sem circo,

À mercê do rei leão,

Um devorador voraz,

Que nos faz pagar o mico,

De viver sem ter nem paz,

Fugindo às balas perdidas,

Aprisionado em barracos,

Em meio a valas fedidas,

Com medo e desempregado,

Sem sustento para o filho,

Mas vai sendo governado,

Por corruptos políticos,

Que quando são contestados,

Não suportam o senso crítico,

Fazendo a democracia,

Ficar jogada de lado.

Mostrando as garras da fera,

Do ex - bom - moço que era,

Enquanto o seu povo espera,

As promessas enganosas,

Da campanha mentirosa,

Fazendo discurso prosa.

Jogando pedra naquele,

Que fazia o que faz ele,

Insensível à dor alheia,

Dos eleitores coitados,

Emaranhados na teia,

De tanta corrupção,

Cujo piloto maior,

Passeia em novo avião,

Dando ao povo a sensação,

Que já conhece de cor,

Ao ser tapete da fúria,

E desmedida ambição,

Daquele que pela incúria,

Massacra seu próprio irmão.

Causando-lhe tanta injúria,

Na alma e no coração,

Enquanto vive em luxúria,

Sacrificando o povão,

Sem lhe escutar a lamúria.

Assim a barba que cresce,

Como a barriga, também,

A cabeça é quem padece,

Nessa terra de ninguém.

Quem puder e rico for,

Que peça o prato e engula,

Pois o povo sem amor,

Não quer, nem gosta de lula.

O trabalhador coitado,

Come feijão com farinha,

Mas homem honesto e honrado,

Jamais sai de sua linha.

Respeita qualquer pessoa,

Que ande a pé ou de avião,

E não se revolta à toa,

Por ter paz no coração.

Com a nova eleição, agora,

O nosso povo sofrido,

Ante a fera que o devora,

Não pode mais ser comido.

Põe o falastrão na rua,

Sua corja de ladrões,

Acaba com a falcatrua.

E com paz nos corações,

Moral, vergonha, e respeito,

Pede por eles, os perdões,

Ao Brasil do nosso peito.