NADA MAIS
Ardido...
Custo a fugir do silêncio
Tão presente na intensa ausência
Já não há mais cabo a enxada
Resta folha seca... e limo.
Saca do alforje o fórceps cego e açoita
Espreme o escarlate rubro da pútrida carne
Faça ranger a bocarra estanque e parva
Já não há muito a ladear com o sepulcro
À tona e à lona!
Chove muito
Arde tanto que não há mais busca
Nem folha, nem seca, nem chuva
Fito o calendário e a conta. Conto:
Resta nada!