É O TESÃO!

Avariado sentimento por instante loquaz

- rasga a pétala do verso –

Partida a pedra recheada com essência

É o universo a suspirar por nós.

Enquanto cala, consente a voz

Do mundo inteiro, ao fim de tudo

Do cio à casa, ao gesto mudo

- freqüenta e rola.

Sabe viver

Lembra da praça, oculta a injúria

Amolga a dança, envolve a carne

Do gozo em prosa – relaxa e... rosa!

Só não há lamúria a tentar a alma

Já não temos isca; há juventude (imunidade)

No cume alado do pau de sebo... desejo

Hora, chora de prazer; hora, vinga-se a bola.

Olvida a sublime mancha no desgrenhado lençol

- sol em bemol; respinga o terço –

Holocausto da solidão, aplasia e amplidão

O sobrenatural juncado de glória e de exasperação

É a paródia, é a interface, é a verde lima e sórdida...

É o tesão!

Cesar Poletto
Enviado por Cesar Poletto em 21/10/2009
Reeditado em 21/10/2009
Código do texto: T1879144
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