É O TESÃO!
Avariado sentimento por instante loquaz
- rasga a pétala do verso –
Partida a pedra recheada com essência
É o universo a suspirar por nós.
Enquanto cala, consente a voz
Do mundo inteiro, ao fim de tudo
Do cio à casa, ao gesto mudo
- freqüenta e rola.
Sabe viver
Lembra da praça, oculta a injúria
Amolga a dança, envolve a carne
Do gozo em prosa – relaxa e... rosa!
Só não há lamúria a tentar a alma
Já não temos isca; há juventude (imunidade)
No cume alado do pau de sebo... desejo
Hora, chora de prazer; hora, vinga-se a bola.
Olvida a sublime mancha no desgrenhado lençol
- sol em bemol; respinga o terço –
Holocausto da solidão, aplasia e amplidão
O sobrenatural juncado de glória e de exasperação
É a paródia, é a interface, é a verde lima e sórdida...
É o tesão!