A VIDA É CHEIA DESSAS COISAS

Sei da ausência

Ouço um trinar sombrio

- os eriçados me aconselham -

Tiro a cartola do coelho e ele a sorrir

Mas, já é alvorada.

Nem sequer uma segunda tentativa

Amuradas em tratativa, em conluio

Confabulando, formando maligno gel sobre a pequenina paz

(aquela paz, lembra?)

Óculos de sol, alvo aspecto, átimo primaveril.

Ser gentil com a vida é a chave, é a lida, a linda lição

Não a querer, não a sofrer... viver

Afogar-se no agonizante mosto e sibilar

Não arfando, não desdizendo, só tremendo

De enjôo, de asco, de felicidade...

Não lhe dá vontade?

Cesar Poletto
Enviado por Cesar Poletto em 31/10/2009
Reeditado em 31/10/2009
Código do texto: T1897352
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