A VIDA É CHEIA DESSAS COISAS
Sei da ausência
Ouço um trinar sombrio
- os eriçados me aconselham -
Tiro a cartola do coelho e ele a sorrir
Mas, já é alvorada.
Nem sequer uma segunda tentativa
Amuradas em tratativa, em conluio
Confabulando, formando maligno gel sobre a pequenina paz
(aquela paz, lembra?)
Óculos de sol, alvo aspecto, átimo primaveril.
Ser gentil com a vida é a chave, é a lida, a linda lição
Não a querer, não a sofrer... viver
Afogar-se no agonizante mosto e sibilar
Não arfando, não desdizendo, só tremendo
De enjôo, de asco, de felicidade...
Não lhe dá vontade?