O Delíquio da Inveja
Pelo fato das ovelhas marcharem na malva
Vem-me à mente, o infundado
Quepes varonis cobrindo façanhas
Somem no horizonte.
Remuito dó ao ver pisoteadas migalhas, em frangalhos
Fragmentos de histórias passadas, alças de solidão
E um beijo na mão, sela a vitória do ouvinte
Até onde sei, a ovelha encontrou seu rebanho.
Não foi sem banho, ao altar das coisas fúteis
Cravejou de essência o almofadado pescoço
Alinhou-se como em festa de gala, à feição da ocasião
Criou de trançada juta, o que a abelha vislumbrou
E deslumbrou-se.
Tenhas, ovelha, a certeza de que à véspera do casamento
Tu estarás a contento, não sumas na relva
E os outros a lhe aplaudir, mexerão o doce no tacho
Impassíveis de júbilo e garantidos a gorjear.
Cesar Poletto
Enviado por Cesar Poletto em 07/08/2006
Reeditado em 07/08/2006
Código do texto: T211072
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