* Ao apagar das luzes*
 
 
Permanece... Nada muda
Seja feito com...Ou sem ajuda
Nada descarta, nem mistura.
E subjuga este tempo amarelado
Que nem mesmo assiste...
Este carregar de amontoados
Das expostas, mas frágeis figuras!
               ***
Nesta ponta do destino...
Bastam-me os equilíbrios de passos
Meu sentimento é carimbado
Contido no verso e reverso
Sem subalternos ou compadreios
Guardam segmentos e laços!
                ****
Em noites hermeticamente fechadas
Quebro todo sintoma de quimeras!
Mas as lágrimas rechaço!
Traço uma melancólica ilusão
Levo pra cama, alguns versos.
E a os lençóis o meu cansaço!
E num criado-mudo à espera
Falo ao copo dágua...Da sede
Fito a penumbra...
E meus sonhos dispersos
Tomam vulto...
Mas não mais alumbram
Sugam cores das paredes!
E no silêncio abrem sulcos!
               ****                 

Em meu pálido reflexo
Troco olhares com o Universo
Sufoco minha estirpe de anseios
Acerco-me do tempo...
Apago as luzes dos devaneios
Num barbarismo sem nexo!
                     ****
01/03/2010

IZA SOSNOWSKI
Enviado por IZA SOSNOWSKI em 01/03/2010
Reeditado em 01/03/2010
Código do texto: T2114135
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