OUTRA VEZ A VIDA...

Assim num sem esperar ou prévio aviso,

E incluso, excluindo-se, todas as previsões;

De repente, um estalido...,

Súbito e violento tremor fez revolver tudo!

Meio a rodamoinhos de pesares,

A desventura de sentimentos em desalinho

Ante aos abalos convulsivos, sob cuja subordinação,

Via-me indefenso ao me faltar o solo firme da confiança.

Remoinhava no centro da voragem intima, abalroando-me,

Com os conceitos e valores, os vendo ser avidamente abatidos

Em arena de uma contenda desarrazoada, quão humilhante!

Um misto de imaturidade e rebeldia mutilou-me, a moral, resvalei!

Capenga por sobre as ruínas da imprevidência chorei os escândalos

Da minha falta de reflexão e os efeitos do meu orgulho ferido!

Não obstante,

Assim como antes...

De repente, sem que se espere,

Recalcitrante a Vida, fez passar sua lista de presença;

Chamando-me à atenção, fazendo-se ouvir: “Aponta-te”!

- Sob mira se tem monturos, ensejando trabalho;

Oportunizando reciclagem e câmbios de valores -,

Sem a contabilidade das deficiências ou coleta de dívidas.

Enquanto o soprar beneficente da Vida aliviava-me as dores,

Secando-me os suores e lágrimas – Amenizando meu enredo;

Branda qual brisa fez virar páginas, num suscitar de novas historias...

De repente, um estalido...,

Súbito e violento tremor fez revolver tudo,

Outra vez a Vida ensinando-me, a viver!

Cláudia Célia Lima do Nascimento
Enviado por Cláudia Célia Lima do Nascimento em 31/03/2010
Reeditado em 31/03/2010
Código do texto: T2169676
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