Cinco Séculos de Versos

Dunas versejadas pelas alvas areias

Propósitos insanos, maquiavélicos ramos

Tempestade de mentira em rubros pomos

Corados tomos, insipidezes e vilanias.

Negativas formas de amar o belo

Sê-lo, da maneira mais digna e afável

Entornar à inclinação da taça, o pé etílico

Rotas torrentes que rumam, que domam.

Sóis em nasceres sísmicos, cobras ao vento

Tenazes rumos das coisas que lembro, um pouco

Casas de várias paredes pendendo em quadros de alcova

Mero despautério range a perna que passa, e assalta a geladeira.

Manhã inteira nos interstícios alveolares

Meandros escusos não faltam à vida

Trazendo da morte, gente, temente ventre

Numa noite pura, velejam os sonhos.

Cesar Poletto
Enviado por Cesar Poletto em 16/08/2006
Código do texto: T218011
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