“O BANHO DA ALMA”.
       (Prosa Poética).
 
 
Eis-me aqui, pois não morri...
Até porque sou poesia,
Uma poesia não morre jamais!
Ainda que meu corpo morra
Fazendo calar-se a minha voz
Em outros lábios recitaria...
Com outro tom, com outro som,
Mas com o mesmo amor, ainda que pós.
Um poeta morre muitas vezes,
Nos seus pensamentos e sonhos
Um poeta chora quando sorri,
Pois suas lagrimas lavam sua alma.
Os movimentos do poeta é diferente
Pois é sua alma que direciona a sua mão
São os olhos do espírito que visualiza
É por amor, que escreve uma canção.
A cada aniversario ele fica mais menino
A cada ano ele retrocede a outro,
Pois o poeta vai buscar no seu passado
O amanhã... Ninguém escreve o dia seguinte,
Somente na ficção, pois o que o poeta escreve,
São copias do coração...
Ainda que um leigo observe,
Só o poeta sentirá na sua mão.