UM GOSTO, UM GESTO, A TAL PICARDIA

O dolo

Tal pecinha solta no perigalho

E o ardor.

Rangendo e umedecendo a alma com choro salgado

Reticências

Pesadas e desaforadas formas de subentender a essência.

Que essência?

Dura farpa, algo de tudo

Um calabouço.

Novidades nas primas passadas

Almoço do fleimão em torno do nada

Navegando e arfando pelos céus.

Calamidade e sopro vazio... algoz do cio

A pura e leda data a preencher o calendário

Pois, sem ela, não faria sentido.

Busco o sentido, a eloqüência mórbida do silêncio

Que me aquece as ventas

Senhoras briguentas e arruaceiras.

Às vezes, sou capacho de mim

Noutras estou tangendo coisas indóceis

Mas, paro não... Paro não!

Cesar Poletto
Enviado por Cesar Poletto em 03/07/2010
Reeditado em 05/07/2010
Código do texto: T2355660
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