UM GOSTO, UM GESTO, A TAL PICARDIA
O dolo
Tal pecinha solta no perigalho
E o ardor.
Rangendo e umedecendo a alma com choro salgado
Reticências
Pesadas e desaforadas formas de subentender a essência.
Que essência?
Dura farpa, algo de tudo
Um calabouço.
Novidades nas primas passadas
Almoço do fleimão em torno do nada
Navegando e arfando pelos céus.
Calamidade e sopro vazio... algoz do cio
A pura e leda data a preencher o calendário
Pois, sem ela, não faria sentido.
Busco o sentido, a eloqüência mórbida do silêncio
Que me aquece as ventas
Senhoras briguentas e arruaceiras.
Às vezes, sou capacho de mim
Noutras estou tangendo coisas indóceis
Mas, paro não... Paro não!