Saudades

Deus meu!
Liberta-me de minha cruz!
Retira-me este fardo, que me faz sucumbir ante mim mesma.
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Se não tivesse sido patético...

Ontem nos falamos...Na 3ª pessoa.
Eu escrevia febrilmente, me sentindo como um réu, tendo apenas o tempo limite de sua tolerância para comigo( que é quase nula).
Frenéticos, meus dedos digitavam palavras no teclado,enquanto do outro lado da tela...Ele, em monossílabos, tentava entoar um arremedo de conversa, baseado na defensiva...Cada palavra minha, era rechaçada de imediato.
Minha super conecção, me permitia ver até o ritmo de sua respiração.
Ofegante...
Ah! Como seria maravilhoso sentí-lo, com meus lábios...em seu peito...sentindo suas mãos em meus cabelos, desejando mais...
Eu me sentia como uma bailarina no arame...me equilibrando...tentando encontrar, qualquer palavra ou assunto, que nos mantivesse um tempo a mais ali.
Cruel!Nossos olhos...olhavam além um do outro, como se o medo de nos determos, em algum detalhe amado, nos fizesse sucumbir...
Eu falava sem parar, com medo de pronunciar a palavra, que cerraria definitivamente aquela janela...
Incrível!
Mais uma vez ele me possuiu...
Cerramos, cada um amargando sua dor, no ódio, na raiva do Amor...

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