MOMENTO DE REFLEXÃO

Manhã fria, um sol calmo mostra que o dia vai ser de temperatura amena.

O som de uma orquestra enche minha sala com a melodia de Gustav Mahler – Adágio – com orquestra Filarmônica de Berlim regida pelo maestro Herbert Von Karajan.

A própria capa do DVD traz a expressão séria do maestro, bem condizente com a música, que parece transcender no espaço e no tempo, levando-nos a um estado de quase alheamento, contemplativo, olhando para o infinito em busca da paz tão almejada, vibrando com muito amor na saudade dos entes queridos, que estão

ocupados com seus afazeres.

Olho, através da vidraça, o meu jardim com as plantas balançando ao sabor dos ventos, o céu azul, onde nuvens se esgarçam em direção ao infinito.

Silêncio e paz!

O coração cheio de ternura a sentir a fugacidade da vida e a eternidade dos sentimentos.

Quanta beleza existe sobre a Terra!

Quanta harmonia impera no espaço sideral!

E quanta desordem emocional dirige o ser (des)humano na época em que vivemos... No mundo que habitamos! Forças antagônicas lutando dentro das criaturas na perspectiva de torná-las realmente HUMANAS, preparando-as para novas etapas, onde poderão usufruir verdadeiramente das maravilhas de que o Universo é composto, esse estupendo Universo, maravilhosamente arquitetado pelo Supremo Ser, que na sua infinitude fez resplandecer os astros nas suas formas primeiras, as constelações, cujos significados estão distantes milhões, bilhões de anos-luz da nossa capacidade de compreensão, de apreensão.

Ao homem, foi facultado pensar, buscar as soluções para a própria sobrevivência. E ele caminhou, fazendo com que os meios de comunicação atravessassem o planeta, atravessando esse espaço um pouco mais próximo, desvendou o corpo humano, alcançou o espaço sideral chegando aos planetas mais distantes. Mas absurdamente, os corações mostram-se vazios de amor, vencidos pela capacidade criativa. Tudo o que o homem conseguiu materializar do seu mental, transformou-o em insensível, acreditando ter poderes sobre as coisas visíveis e invisíveis, tratando com a vida e a morte, cientes de sua sapiência.

Oh, homem! Onde a humildade: Onde a fé? Onde a sensatez?...

Do nada, nada sai!... Então, olhe para dentro de si, a perfeição da vida. Esta, não é feita na Terra. O homem não tem a possibilidade de criá-la, a não ser através de reprodução “in vitro”, ou clonar. Mas, a matéria prima, o sêmen, o óvulo, não podem ser re-inventados, re-criados do nada. São Divina Essência! A alma – esta que nos anima - não é feita em laboratório terreno.

Nada resta fora do que está aí já posto para ser usado, trabalhado e respeitado.

O (des)amor reinante no meio humano é uma infeliz constatação, e gera a desarmonia na Natureza, fazendo tudo voltar ao caos inicial por ignorância, por soberba.

Se nada igual pode ser feito dentro da perfeição da natureza, resta ao homem respeitá-la e engrandecê-la com nobreza, sensatez e amor! Sim, muito amor pelo que foi criado independente de sua vontade!

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Luzia Stella Mello

Stella Mello
Enviado por Stella Mello em 04/11/2010
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