Missa de Sétimo Dia
Silenciei.
Assumi o escarlate que me desenhava, amputei a pútrida algema e faleci. Deitado sob a mais fétida sombra, outrora vazia, que fazia marca sobre o esquife do barril de ranço, intensifiquei graus helênicos de pudores no parvo solo e me estatelei.
Rugas derramadas no mel da noite tentavam-me ressuscitar. Era o apelo do apego em detrimento à pesarosa sorte de morte e polvorosa. Uma só vida jazia no manto cálido; lembranças tornavam o velame escuro inda mais indecifrável, e metiam a cara lixada na friável manhã – instável afã – a cozinhar o galo para a santa e aguardada missa de sétimo dia.
No dia seguinte, tudo se repetiu.