O INDECIFRÁVEL SABOR DO VERSO

Em torno do entorno

O copo vazio, o nada

Neste corpo que se arrepia, nem um pio, sem o cio.

Tange tais azinhagas virulentas

Ao poste posto à colheita fraca

Não se desnuda, não usa.

A cantarolar e a emudecer

Levitando, evitando levar consigo a dor

Mascada, fresca, mesquinha e seca.

Não me verão mais, pós de cedro

Engato artérias minhas no sustentáculo errado

Encaro o teu depenar com sublime afeto.

Poderá baixar as velhas velas arfantes

Por mil quedes e indóceis infantes

Que poderei eu intencionar e sorrir.

Quiçá as garças voem e se enjoem... quiçá?

Mas, invado tuas sérias intenções

Com o indecifrável sabor do verso.

Cesar Poletto
Enviado por Cesar Poletto em 13/01/2011
Código do texto: T2726808
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