Ágape

Euna Britto de Oliveira

A moça bonita, da casa bonita,

Recebeu de uma amiga um presente de aniversário:

Bordada e enfeitada com casa, flor e coração,

Escrita sobre tecido, com moldura também de tecido terminada em franja,

Uma mensagem, de autor desconhecido,

Que copiei, porque gostei:

“Esta casa tem quatro cantos

Em cada canto uma flor

Nesta casa não entra maldade

Nesta casa só entra Amor.”

“Ama, e faze o que quiseres.”

Desta vez, o autor é Santo Agostinho, muito conhecido!...

Em colheres rasas, servimos sorrisos de Bom Dia!

Só o amor dá asas

E torna possível o serviço de banquetes completos!...

Haja amor, e a dor desaparece...

Desvanece-se como bruma sobre o mar

Quando o sol nasce!...

Passam-se os dias, anos, séculos, milênios... e o amor não cai de moda!

Ninguém consegue clonar o Amor!

Ou ele é verdadeiro ou não é ele!

“O amor tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.

O Amor nunca falha.”

O amor é um achado!

Que já nos foi dado...

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É no capítulo 13 da 1ª Epístola aos Coríntios que Paulo fala grandiosamente sobre o amor (em grego ágape) que, em algumas traduções, aparece com o vocábulo caridade:

"Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse Amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine.

E ainda que tivesse o dom da profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes,

e não tivesse Amor, nada seria.

E ainda que distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, se não tivesse Amor, nada disso me aproveitaria.

O Amor é paciente, é benigno; o Amor não é invejoso, não trata com leviandade, não se ensoberbece, não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita,

não suspeita mal, não folga com a injustiça, mas folga com a verdade.

Tudo tolera, tudo crê, tudo espera e tudo suporta. O Amor nunca falha.

Havendo profecias, serão aniquiladas; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, desaparecerá; porque, em parte conhecemos,

e em parte profetizamos; mas quando vier o que é perfeito, então o que o é em parte será aniquilado.

Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, discorria como menino, mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino.

Porque agora vemos por espelho em enigma, mas então veremos face a face; agora conheço em parte, mas então conhecerei como também sou conhecido.

Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três; mas o maior destes é o Amor."

Euna Britto de Oliveira
Enviado por Euna Britto de Oliveira em 10/02/2011
Código do texto: T2783296