Semente

Eu não me acostumo com a ausência de palavras, eu sinto falta de mim e da voz da minha saudade.

Eu quero de volta as minhas primícias; as que sei que estão guardadas atrás das portas do tempo, onde meus braços abraçam e minhas vontades não alcançam.

Sei que vou me perder na rota dessa busca, como sei que não vou encontrar os mesmos caminhos, pois o túnel que me abre as portas se fechará após a minha passagem.

Sei que não encontrarei o caminho da volta, e que o chão ainda é o mesmo. As chuvas não são as mesmas e as lágrimas bem outras, nem tudo é novo, só eu serei nova semente.

Sem bagagem, sem medo, eu de cara limpa e um mundo de preconceitos, adrenalina pura; o resto...o resto a gente vê depois.

Angélica Teresa Faiz Almstadter
Enviado por Angélica Teresa Faiz Almstadter em 30/06/2005
Código do texto: T29318
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