A ESSÊNCIA DO POETA

Nem sei se são reais

Não sei, não são

Ouço, ao largo, obcônico relinchar

É ele?

Não sei, não vai.

As clausuras do tempo

Engalanadas e tal... São mais

Nas veias, nas idas, no céu

As naus que por sangue navegam

São minhas... nem sei se são

Não são?

Sinto uma imensidão e pouco pesar

Lamento... incompreendo

Assim, eximo peito meu, acolchoado

Nem sei se tenho inda anos

Que os tenha, não sei, não me cabe.

Sigo azulejando o “carpe diem”

Nas valas, exsuda a essência do poeta

Aos moldes, de roldão

Não sei se deveria, nem sei se vão

Pouco importa!

Sugar a essência, rever o mar, amar e sonhar.

Cesar Poletto
Enviado por Cesar Poletto em 28/06/2011
Código do texto: T3062987
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