Quase um borrão

Da janela, vê a paisagem passar veloz. Adiante, nada além da bruma, a encobrir o destino. Volta a cabeça por sobre os próprios ombros... poeira é tudo o que vê.

O tempo não para, e a viagem prossegue. Ao lado, a paisagem que passa ligeiro é quase um borrão; sua vida agora é quase um borrão. Quer tocá-la - a paisagem -, mas não consegue.

Entre a poeira e a bruma, segue, viajante solitário...