POR QUE...?

Quando em meio à solidão se recorda de tudo

E de tudo se tenta esquecer é quando, neste vai e vem do juízo,

Tal qual balancim, chega inclusive a lembrança daquelas horas suplícios, quase infindas dos dias longínquos, ante o caderninho de caligrafia...,

Porém, o que parecia castigo se transformou em graça, a solidão em ferramenta à mercê da arte e o privilegio de sublimar a dor e a solidão em poesia, fora dado ao poeta - Que persuadido pelos encantos da escrita com maestria dota suas letras de magia, e com elas seduze.

Sabe como ninguém que o melhor da arte de escrever

Reside no prazer de brincar nas dobras do tempo – nalgumas

Deixando a ingratidão aos ingratos, como se deixa os mortos aos mortos..., noutras regozija-se com os presentes do hoje – ainda que a surpresa seja a solidão; quando agraciado, agradecido, verseja trazendo prá perto o que ainda é futuro.

Porque, escrever está para aquele que escreve como socorro,

Não obstante, oficiando ao bel prazer.

Em regra o poeta com seu poetar:

Afugenta a saudade que dói, do passado que teima em querer voltar,

Domicilia-se no gosto da mistura das letras, se deleitando no burilar as frases, enquanto o pensamento vagueia bolinando o que, somente, com ele se pode alcançar.

Razões pelas quais o simples ato de escrever transcende revelando a arte na tecedura das letras!

Cláudia Célia Lima do Nascimento
Enviado por Cláudia Célia Lima do Nascimento em 11/10/2011
Reeditado em 11/10/2011
Código do texto: T3270400
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