Um Poema

A lua no céu,

Um desejo.

Não. Ismália não enlouqueceu:

Virou estrela;

E o mar é testemunha

Pois que sente em suas profundezas

O vagar da dama-da-torre.

Passos sôfregos, pentagônicos,

Não em desvario,

Mas ciente do destino seu.

E me sorri, irônico,

O Alphonsus:

"-Qual o quê, poeta.

Ismália é lenda;

E lenda não brilha;

Antes, turva."