Curitiba, 32

Só eu e minha solidão

Na amplitude vazia deste quarto de hotel.

Quatro paredes brancas me fitando.

Em um canto cresce a fortuna,

Essa planta, um presente.

Pobre de mim.

Não posso lhe falar

Que o nome que lhe deram outrora

É alvo e causa de tantos infortúnios.

Pudesse eu mudar o mundo,

O rumo que daria a cada coisa

Não seria ao léu,

Não seria em vão:

Poria em cada mente uma fortuna,

E todo o bem que cabe em cada coração.