Novo Tempo

Como bênçãos do céu sem trégua, a chuva rega a terra nesse novo tempo. O chão encharcado e o ar limpo da rebeldia humana deixa os dias simples e as noites aconchegantes.

Num desses dias brancos entrou a boa nova embrulhada em velhos hábitos, vieram dias de novos pensamentos, desejos ardentes e muitos sonhos esperançosos.

Como os pássaros que buscam abrigo na casa adornada de nada, entrou pelas portas e janelas o novo tempo, fazendo brotar em cada pedaço de chão, em cada coração o anseio da mudança, a pulsação vigilante.

A palavra chave é : aprender, e aprender sempre e a cada dia com a observação contínua.

Esmorecer jamais, usar as dificuldades como um teste poderoso de paciência.

Agradecer incessantemente. Não há nada mais gratificante do que entender os motivos para agradecer muito mais do que os mesmos para queixas, pois há tantos mais para gratidão.

É divino receber o tempo novo sabendo que é um presente, quantos não adentraram esse tempo, e quantos não experimentaram a alegria de ter o coração em festa.

Chove lá fora e aqui dentro há um banho de certezas antigas. Explode o mundo lá fora e aqui a beleza da inocência passeia sem pressa. A mente sã, livre de preconceitos, abraça uma vivência inteira forrando de belezas lembranças tantas.

Chove bênçãos em forma de pingos no correr dos dias, meu corpo cansado obedece a cadência das águas novas; bebendo esperanças de um novo sol.

Que venha o sol do novo tempo reinar belo e brilhante na terra lavada.

Que venha o sol do novo tempo secar as mágoas, os olhos e nossas vidas encharcadas de desejos novos, de esperanças novas.

Angélica Teresa Faiz Almstadter
Enviado por Angélica Teresa Faiz Almstadter em 09/01/2007
Código do texto: T341526
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