O MAR E POETA

A onde se escondeu o perfume das flores,

Em que canto procurar a alegria e seus sorrisos

As rimas de um cantar, e todo o encanto do mar?

Na magia do teu hálito quedei-me ébrio,

Junto a ti conheci dos desalinhos e provei das sombras...

Num despertar convulso, me dei conta das ruínas dos meus jardins

Onde as roseiras e os risos se haviam acabrunhado, a alegria jazia,

As rimas soavam lamentos como ondas arrebentando sobre o cais.

Entretanto, o mar segue resoluto, igual o poeta,

Impondo-se às investidas enquanto calcam as areias da praia um e outro, tal qual e em suas significâncias ambos servindo de abrigo e sazonando vidas ademais àquele como este, em movimento contínuo e despejado derramando quer com o auxilio de uma brisa matinal ou de um entardecer ou através das rimas de uma estrofe, o perfume da esperança a ser traduzido em alegria sonora, para que se esparja como os risos de um momento espetacular,

A vista d’olhos, o mar e o poeta, quão solitários - Grandes, todavia!

Cláudia Célia Lima do Nascimento
Enviado por Cláudia Célia Lima do Nascimento em 13/02/2012
Código do texto: T3497177
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