Noite de sonhos
Ele conheçeu seus olhos em uma noite de sonhos
E acreditou nela, supos conhecer a porta para sua alma,
Acreditava ser aquecido com seu amor, então ela foi embora.
Agora que ela está longe, deseja senti-la em seus braços.
Na verdade teve que aprender que vive em um mundo de tolos.
E se dá conta de que ela veio para ele em uma brisa de verão,
Por que manter aquecido o coração com amor, se ela foi embora?
Agora é acordar do seu sono de cem anos de solidão.
É fingir não escutar o ecoar da trombeta do desejo.
É conter a libido que aflora em impetuosa sensação.
É lutar, em útima instância, pelo imediato domínio da razão,
E amarrar sua dor e tantos vazios da carência e lançá-la ao léu,
Mesmo que quase impossível conter o momento da paixão.
É atar a sua dor ao colar de muitas voltas do esquecimento,
Afinal, ela existiu, razão não há para ficar preso no riso mudo do choro,
E sorrir torto, escondendo a amargura dos que muito amam na vida.
É deixar aquela noite de sonhos perder-se nos redemoinho do tempo.