Noite de sonhos

Ele conheçeu seus olhos em uma noite de sonhos

E acreditou nela, supos conhecer a porta para sua alma,

Acreditava ser aquecido com seu amor, então ela foi embora.

Agora que ela está longe, deseja senti-la em seus braços.

Na verdade teve que aprender que vive em um mundo de tolos.

E se dá conta de que ela veio para ele em uma brisa de verão,

Por que manter aquecido o coração com amor, se ela foi embora?

Agora é acordar do seu sono de cem anos de solidão.

É fingir não escutar o ecoar da trombeta do desejo.

É conter a libido que aflora em impetuosa sensação.

É lutar, em útima instância, pelo imediato domínio da razão,

E amarrar sua dor e tantos vazios da carência e lançá-la ao léu,

Mesmo que quase impossível conter o momento da paixão.

É atar a sua dor ao colar de muitas voltas do esquecimento,

Afinal, ela existiu, razão não há para ficar preso no riso mudo do choro,

E sorrir torto, escondendo a amargura dos que muito amam na vida.

É deixar aquela noite de sonhos perder-se nos redemoinho do tempo.

Laerte Creder Lopes
Enviado por Laerte Creder Lopes em 28/03/2012
Reeditado em 31/03/2012
Código do texto: T3580827
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