A Criação

E do vulto se fez a imagem

da imagem a inundação...

inundado peito de semelhanças

Fez-se a luz no nascedouro

Iluminou-se e reinaram cores

As cores pintaram opacas flores

E onde brotaram flores...

Sonhos renasceram da solidão!

A solidão rabiscou os seus nomes

E fez-se a lua rodeada de paixão

E a ela dois olhares úmidos

Fez-se o olhar, fez-se o beijo

Fez-se pronta tanta ilusão

De onde vieram tantas coisas

a acordar amantes latentes...

Sonhos doces postos sem razão!

Porém esse mundo recém habitado

de tantas divisas, partiu-se abrupto

Fez-se de novo um peito vazio

Um lamento pela ida do amor...

E fizeram-se lágrimas comedidas

Das lágrimas se fez este prosaico

das letras se retorcem sonhos caídos...

Sonhos que teimam renascer!

Nalva
Enviado por Nalva em 06/06/2012
Reeditado em 24/06/2012
Código do texto: T3709686
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