Eu nego o ócio

Sete horas da manha de qualquer dia,

assim começa a rotina da agonia...

sem premissas ou promessas de um futuro,

seguem adiante no empenho do labor...

Fazem de si um mercado estacionário,

se prestam ao luxo de receber um salário,

Na escuridão de uma noite mal dormida,

Dão ao travesseiro o dessabor da despedida...

Pares de olhos refletem o pesar do negócio,

seria mais fácil se entregar de vez ao ócio...

terminar aquele sonho que começara na madrugada,

onde mesmo dormindo, sonhava que trabalhava...

E já que não tem café que sustente a fadiga,

e tampouco há pão que separe essa briga...

Vai cada um alimentando sua própria cria,

repartindo muito João para pouca Maria...

Vifrett
Enviado por Vifrett em 19/06/2012
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