Cavaleiros da utopia

Levantem-se,

Acreditem.

Hospitais terão mais atenção e leitos vagos; A sofreguidão acabará.

Policia, prendendo bandido, e colocando em presídios de pouca população;

Escolas erguidas apenas pelo querer dos cavaleiros;

Lixo vai virar luxo, pois se tornará luz.

Servos, colocam na calada da noite, bandeiras dos cavaleiros, tornando-se uma poluição visual, sem precedentes; Quem sabe no turno eleito, sejam alguns, cargos de confiança.

Cavaleiros da utopia, homens além da alma.

Aconselhados somos a ver no transe, em palavras concretas, tudo virar realidade.

Lobotomizados, todos no crer, cavaleiros da utopia chegam com a tempestade, velando a nação.

Homens honestos, que vingam o vomito, vomitado no debate.

Línguas tornam-se espadas, ao tentar ferir a fraqueza do oponente.

Denegrimento faz bem a imagem do orador utópico.

Levantem-se,

Acreditem.

Os cavaleiros da utopia estão chegando!

Por passe de mágica, sua cidade, rua e casa, irão melhorar!

Mas os filhos da nação, o embrião, o nada, serão esquecidos, depois da “urna”.

Poderes, resignados a suas muralhas, onde flechas não alcançam

onde os cavaleiros da utopia brindarão, às gargalhadas,

o topo do mundo, o topo de suas vidas, no bel prazer sarcástico.

Homens de pouco credo! Homens de credo algum;

Homens que se deixam manipular por ídolos nos estádios,

Ídolos na música, ídolos produzidos pela utopia dos cavaleiros.

Como rinoceronte cacareco,

cavaleiros chegam com a tempestade, chegam com a boa nova;

Alados cavaleiros, homens, acima da condição humana.

Trazem na mala de garupa, mandrágoras, cicutas, a serem distribuídas.

- Esperanças?

Até a data da vaga conquistada.

JorgeBraga
Enviado por JorgeBraga em 11/07/2012
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