inundações
 

vingam, sobre a razão, as distorcidas e frívolas palavras. ombros agrilhoados e suspensos, semelhantes badalos, balançam e sangram sob a nevoenta noite e as mãos, alongadas, atravessam terras e rasgam continentes escondidos. a ânsia golpeia a garganta jorrando espasmos rubros (flores de sangue) à boca. os olhos chovem e pernas enraízam nas pedras. o corpo crescente desprende das rochas, tal a força do grito d'alma.

o olhar se mistura c'o a noite. ruge o mar! - a minha voz vinga a solidão - mãos avançam para o sal das águas.





 

marcia eduarda
Enviado por marcia eduarda em 01/10/2012
Reeditado em 02/10/2012
Código do texto: T3911318
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