Pertencia a um tempo onde a ingenuidade era todo o bem que se possuía. Descuidou de observar que os dias passavam céleres, que os anos, implacavelmente, dispensavam a certeza de realizações. Deveria ter se importado mais com os sonhos, mas, o futuro era visionário e incerto e acabou depositando todas as fichas na ilusão de ser feliz... Um dia... Perdeu história, a presença presente das estações da vida, as paisagens e aromas que lhe impeliam a extasiar-se com a essência, o envolvimento que só se consegue na entrega. Inconscientemente, sábia percepção lhe conduzia ao recomeço. Caminho de quem acredita na eternidade da existência, na generosidade que se faz presente em cada movimento e transformação, nada aleatória, da natureza. Perceberia que fatalidades e acasos só são reais para quem não reconhece à magia da vida!