BRASIL

BRASIL, onde você estava? Deitado em berço esplêndido?

Não! Eu não!

Quem está dormindo em berço esplêndido nos estados, nas cidades e nos planaltos são os escolhidos que usam o sonífero da corrupção.

Eu estava esperando há muito tempo ouvir o brado retumbante do meu povo que havia esquecido que é heroico e num marco zero ergueu por justiça, a clava forte porque não pode mais aceitar que os raios fúlgidos do sol da liberdade se apaguem a cada instante que morre um filho meu na porta de um hospital causando também no meu peito de pátria amada, a morte.

Porque não pode permitir que o sonho intenso de vida com qualidade se transforme em pesadelo sempre que os impostos pagos por seus braços fortes não se revertam em melhorias, não atendendo aos seus apelos!

Porque não quer mais chorar com a imagem do cruzeiro que resplandece nos túmulos formados pela violência da criminalidade, cavados pelo descaso, cobertos pela impunidade.

Porque sabe que a fumaça do tráfico cega os olhos dos que fazem as leis, das autoridades, cobrindo o meu céu risonho e límpido de tristeza e o meu futuro sem a juventude pode não espelhar tanta grandeza.

Porque ainda tem esperança que um raio de amor desça sobre o solo onde pisam os responsáveis pela educação e os faça cuidar melhor das minhas crianças.

Porque sentem como eu, um gigante pela própria natureza, a fome se aproximando em meio à plantação acompanhada pela inflação.

Sou belo, um colosso, mas estão me maquiando porque a copa do mundo está chegando.

Mas o que preciso para continuar impávido e orgulhoso é o que hoje vejo: os meus filhos estão acordados e da luta não fugirão usando como arma a paz, empunhando brancas flores contra quem lhes causa dores.

Resgatam a glória do passado com brados e gestos de ordem pela avenida impressos porque caminham pelo progresso da terra adorada entre outras mil.

E não permitirão que o lábaro que ostentam e trazem no corpo enrolado seja pelos partidos, manchado.

O futuro espelhará de hoje, esta grandeza, porque o meu povo tem a certeza que sou a mãe gentil.

EU SOU O POVO! O POVO SOU EU! NÓS SOMOS O BRASIL!

ANA MARIA CALHEIROS DE MELO
Enviado por ANA MARIA CALHEIROS DE MELO em 21/06/2013
Código do texto: T4351271
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