Tempos Idos

Maior terapia não há
Do que voltar há tempos idos
Há muitos já vividos
A grande chance de recordar
Avaliar e reavaliar
Cada situação peculiar

Que no futuro se pensou
Pudesse ser diferente
Que ilusão toda mudança seria em vão

Hoje estariamos trilhando o mesmo caminho
Com as mesmas escolhas
Parecendo as mais insensatas
Agora lhe pareceriam
Na medida exata

Quando voltamos ao passado
Podemos nos alegrar nos lembrar
O primeiro amor o primeiro namorado
Primeiro beijo e tantas sensações

Esquecidas vividas arrependidas
Mas foram nossas escolhas
Isso é que conta no final

Tantos perfumes ciúmes
Desamores desenterrados
Em meio a noites insones
Que imaginávamos que nunca teriam fim

Doce engano, tudo, tudo passa
Mesmo que que estejamos determinados
A manter aquela lembrança
Mais viva possível

Tudo o tempo vence
Tudo ele consome
O tempo nos rouba tudo

A juventude a beleza
A disposição à magreza
Os cabelos o viço
Ah! O viço da juventude

Promessa de amizades eternas
Com o tempo se tornam etéreas
Mas no quarto de solteira
Isso tudo aflora e nos trás saudade
Uma saudade quase que insuportável

Ao mesmo tempo um grande alento
Ter vivido tantas experiências
Ricas tristes ou alegres, não interessa
Foram elas que por muito ou pouco tempo
Escreveram parte da estória de nossas vidas



Suzanna Petri Martins
Enviado por Suzanna Petri Martins em 14/04/2007
Reeditado em 12/05/2007
Código do texto: T449602