PAIXÕES PRIMEIRAS

Era todo de um tom avermelhado o seu rosto.

A quem quisesse saber o que se passava, bastava que lesse em sua face.

Imaginava uma porção de coisas, sentia um turbilhão de vontades. Ao passo em que se martirizava pela culpa de perder a inocência.

- É um absurdo!

Dizia para si mesma enquanto guardava o desejo inócuo de realizar tamanhas indecências. Mas, ainda assim guardava-o na esperança de um dia concretizá-lo.

Não sofria de doença física, a paixão que lhe consumia era um mal de alma que se revelava em seu corpo.

E assim vivia, numa inquietação, a espera que tudo isso passasse do nada, assim como do nada veio.

Coitadinha!

Mal sabia ela que do nada não iria passar.

É que paixão é assim mesmo. Só acaba quando é substituída por outra mais forte...

Eis uma pequena observação: Texto escrito aos meus 11 anos de idade.

Silere Tacere
Enviado por Silere Tacere em 26/09/2013
Reeditado em 02/10/2013
Código do texto: T4499914
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