PAIXÕES PRIMEIRAS
Era todo de um tom avermelhado o seu rosto.
A quem quisesse saber o que se passava, bastava que lesse em sua face.
Imaginava uma porção de coisas, sentia um turbilhão de vontades. Ao passo em que se martirizava pela culpa de perder a inocência.
- É um absurdo!
Dizia para si mesma enquanto guardava o desejo inócuo de realizar tamanhas indecências. Mas, ainda assim guardava-o na esperança de um dia concretizá-lo.
Não sofria de doença física, a paixão que lhe consumia era um mal de alma que se revelava em seu corpo.
E assim vivia, numa inquietação, a espera que tudo isso passasse do nada, assim como do nada veio.
Coitadinha!
Mal sabia ela que do nada não iria passar.
É que paixão é assim mesmo. Só acaba quando é substituída por outra mais forte...
Eis uma pequena observação: Texto escrito aos meus 11 anos de idade.