CONTRADIÇÕES

Deixai-me ser eu,

Para poder gritar a minha raiva, o meu espanto, a minha alienação e assim conseguir alcançar o íntimo de algumas das realidades distantes.

Deixai-me ser,

Aquilo que nunca ousei imaginar, por a vida se revelar uma infinidade de contradições que sempre pairam nos limiares da consciência.

Deixai-me ser,

O desvario que mais ninguém ousou imaginar por existirem quimeras nas infinitas dimensões das uniformidades retraídas.

Deixai-me ser

Aquele que é o servo e o tirano, que é o mal e também o bem – esse que poderia ser eu, se a vida não oferecesse tantos labirintos com a solução viciada.

Deixai-me completar

Os ciclos das metamorfoses pessoais, para assim perceber de algum modo, os limites da dimensão humana.

16.01.2013,

HENRICABILIO
Enviado por HENRICABILIO em 29/09/2013
Reeditado em 11/10/2013
Código do texto: T4503445
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