CONTRADIÇÕES
Deixai-me ser eu,
Para poder gritar a minha raiva, o meu espanto, a minha alienação e assim conseguir alcançar o íntimo de algumas das realidades distantes.
Deixai-me ser,
Aquilo que nunca ousei imaginar, por a vida se revelar uma infinidade de contradições que sempre pairam nos limiares da consciência.
Deixai-me ser,
O desvario que mais ninguém ousou imaginar por existirem quimeras nas infinitas dimensões das uniformidades retraídas.
Deixai-me ser
Aquele que é o servo e o tirano, que é o mal e também o bem – esse que poderia ser eu, se a vida não oferecesse tantos labirintos com a solução viciada.
Deixai-me completar
Os ciclos das metamorfoses pessoais, para assim perceber de algum modo, os limites da dimensão humana.
16.01.2013,