UM DIA DESCOBRIRÃO MEUS VERSOS

Ocorre em mente minha, o desdém da humanidade

Para com o que relincho.

Só o debuxo a se esgueirar na mesa

As cotas mesquinhas, todas rajadas

Ensanguentadas, e não há estancamento

Há, humilde, esse momento de Marte.

A me abalroar com tiros de sal

Imersos neste líquido, imersos no boteco

- pílulas douradas emanam do céu -

Seguindo a bolha duma estrada de fel

A socorrer no dia do obcônico, quando baixar a nódoa

Tecerá velame meu, os que ignoram minhas brasas

Os que as assopram?

Coitados

Pobres coitados!

Cesar Poletto
Enviado por Cesar Poletto em 03/10/2013
Código do texto: T4509576
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