UM DIA DESCOBRIRÃO MEUS VERSOS
Ocorre em mente minha, o desdém da humanidade
Para com o que relincho.
Só o debuxo a se esgueirar na mesa
As cotas mesquinhas, todas rajadas
Ensanguentadas, e não há estancamento
Há, humilde, esse momento de Marte.
A me abalroar com tiros de sal
Imersos neste líquido, imersos no boteco
- pílulas douradas emanam do céu -
Seguindo a bolha duma estrada de fel
A socorrer no dia do obcônico, quando baixar a nódoa
Tecerá velame meu, os que ignoram minhas brasas
Os que as assopram?
Coitados
Pobres coitados!