O SABOR DO EQUINÓCIO

Nas cavernas, entre as pernas

Relinchando à hora do trinar

A emaranhar tais coisinhas pilosas, achacadas

O 'eu' a sangrar mansinho, deliciosamente

Na vida plena e breve da imensidão

O mar de tanta espera, de tanto tombar.

Eis que surge, virulenta e potencialmente apaixonante

A era do equinócio em minh'alma!

Sim... Ei-la!

Tão sóbria, de fácil digestão e saboreando cada gozo.

Ah, quanto gozar!

Imergir nas cobertas céleres do auto conhecimento

Segregar mesmices, desacoplar a ojeriza do verso repetido

Do certo sentido, que sobra, que tinge de escarlate.

Ah, a primavera na minha veia de poeta!

Cabe como nunca

Late a me acordar do quase eterno hiberno

E no catre, sorrindo, todos os alvos dentes da felicidade...

Ela existe!

Cesar Poletto
Enviado por Cesar Poletto em 11/11/2013
Código do texto: T4566006
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