O SABOR DO EQUINÓCIO
Nas cavernas, entre as pernas
Relinchando à hora do trinar
A emaranhar tais coisinhas pilosas, achacadas
O 'eu' a sangrar mansinho, deliciosamente
Na vida plena e breve da imensidão
O mar de tanta espera, de tanto tombar.
Eis que surge, virulenta e potencialmente apaixonante
A era do equinócio em minh'alma!
Sim... Ei-la!
Tão sóbria, de fácil digestão e saboreando cada gozo.
Ah, quanto gozar!
Imergir nas cobertas céleres do auto conhecimento
Segregar mesmices, desacoplar a ojeriza do verso repetido
Do certo sentido, que sobra, que tinge de escarlate.
Ah, a primavera na minha veia de poeta!
Cabe como nunca
Late a me acordar do quase eterno hiberno
E no catre, sorrindo, todos os alvos dentes da felicidade...
Ela existe!