ALMEJO...

Sentir o vasto deleite da umidade
- dolente e deitada - 
Com a prosa embaixo do braço.

A mugir insuspeitas vozes rompedoras
Dourados raios e enfileirar clausuras
No poente extremo dum temente ébrio
Pras esquinas, a glória.

Pros diabos com as velas e anáguas!
Minhas águas correm na mansidão
Tenho as veias galhofeiras de velhas poesias
Tenho os motes ricos de rincões e azenhas.

E se almejo viver?
E se almejo saborear o tilintar dum cálice
O terror do universo e o cacho duma uva?

Ah! Almejo!

Inté que me quebrem os remos.
Cesar Poletto
Enviado por Cesar Poletto em 30/01/2014
Código do texto: T4671095
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