A ROSA E O ESPINHO
Tendo-se enlevado por gota própria
Canta a rosa, leda e pura
Na azáfama da manhã nutrida.
A contemplar tal acúleo, pungente e sereno
A fita-lo harmoniosamente
E, sabendo o seu papel, admira-lo-ou.
Por vezes, dona rosa o desdenhou
- muitas vezes -
Quando estivera em cio, na algibeira da amplidão.
Nas horas em que a solidão foi ter com o desamparo:
Lacrimejou.
Abrandou seu melancólico pranto
Recheou-se com picardias e intensificou a cor.
Suas pétalas luziram, corresponderam ao lume
E as mazelas que lhe haviam deitado suas quelíceras,
Feneceram.
Bendito acúleo na existência da pútrida rosa!
Site do escritor: www.fortunaliteraria.net
Tendo-se enlevado por gota própria
Canta a rosa, leda e pura
Na azáfama da manhã nutrida.
A contemplar tal acúleo, pungente e sereno
A fita-lo harmoniosamente
E, sabendo o seu papel, admira-lo-ou.
Por vezes, dona rosa o desdenhou
- muitas vezes -
Quando estivera em cio, na algibeira da amplidão.
Nas horas em que a solidão foi ter com o desamparo:
Lacrimejou.
Abrandou seu melancólico pranto
Recheou-se com picardias e intensificou a cor.
Suas pétalas luziram, corresponderam ao lume
E as mazelas que lhe haviam deitado suas quelíceras,
Feneceram.
Bendito acúleo na existência da pútrida rosa!
Site do escritor: www.fortunaliteraria.net