FOTOSSINTETIZANDO A SÁTIRA DO VERSO (OCULTADOS GESTOS)

Encruada a semente, assaz

Por gavinhas paralíticas envolve

Cancros se alimentam de ódio.

Converso com pecíolos, folhas imbricadas

Versos deiscentes, gestos no estolão

Não o fertilizam, não.

Rastejando radicelas ao ponto de sazão

Pela serrapilheira infectada com medo, um nada.

Assemelha a centelha vigorosa do bloco

Ao bater da virtuosa espátula

Não há semelhança em dizer

Nem aventa pensar em deitar.

Só a prosa abomina

Os caducos versos, os variegados gestos

Que nos pungem, invertem a leira da essência

Ceifam rente o capim

Pro elefante reinar com seu célere gingar.

Só podia ser brincadeira!

www.fortunaliteraria.net

Cesar Poletto
Enviado por Cesar Poletto em 19/02/2014
Reeditado em 19/02/2014
Código do texto: T4697801
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