FOTOSSINTETIZANDO A SÁTIRA DO VERSO (OCULTADOS GESTOS)
Encruada a semente, assaz
Por gavinhas paralíticas envolve
Cancros se alimentam de ódio.
Converso com pecíolos, folhas imbricadas
Versos deiscentes, gestos no estolão
Não o fertilizam, não.
Rastejando radicelas ao ponto de sazão
Pela serrapilheira infectada com medo, um nada.
Assemelha a centelha vigorosa do bloco
Ao bater da virtuosa espátula
Não há semelhança em dizer
Nem aventa pensar em deitar.
Só a prosa abomina
Os caducos versos, os variegados gestos
Que nos pungem, invertem a leira da essência
Ceifam rente o capim
Pro elefante reinar com seu célere gingar.
Só podia ser brincadeira!
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