Girassol
Entre o céu, onde o sol-veja sua falsa existência
Assim és tu, uma simples e tênue flor
Que leva no âmago do teu nome
As entranhas de ter o astro rei em tuas linhas
Um frágil canto entoado pelo pássaro que insiste em crer
Que no brilhar dos raios frios e escaldantes
Assim tu és, suntuoso girassol.
Pelo que coração cheio de esperança em primaverar.
Veneno póstumo dos que insistem em não querer-te ver
Viver. Caule, folhas, pólen entre tantas linhas botânicas
Assim tu cresces, dentro de mim como um fio de aridez terrena
Como aquele que busca o astro rei em referência de vida vegetal.
Quantos girassós eu tive que ver nascer, crescer, florescer ?
Os suficientes para ser vida em vida vivida dentro do ímpeto de ser eu
Agora em par, sendo um, na caminha de ser
Girassóis de todas as cores no simples dom de renascer
A cada dia em que uma poda me é feita.