Girassol

Entre o céu, onde o sol-veja sua falsa existência

Assim és tu, uma simples e tênue flor

Que leva no âmago do teu nome

As entranhas de ter o astro rei em tuas linhas

Um frágil canto entoado pelo pássaro que insiste em crer

Que no brilhar dos raios frios e escaldantes

Assim tu és, suntuoso girassol.

Pelo que coração cheio de esperança em primaverar.

Veneno póstumo dos que insistem em não querer-te ver

Viver. Caule, folhas, pólen entre tantas linhas botânicas

Assim tu cresces, dentro de mim como um fio de aridez terrena

Como aquele que busca o astro rei em referência de vida vegetal.

Quantos girassós eu tive que ver nascer, crescer, florescer ?

Os suficientes para ser vida em vida vivida dentro do ímpeto de ser eu

Agora em par, sendo um, na caminha de ser

Girassóis de todas as cores no simples dom de renascer

A cada dia em que uma poda me é feita.

Samara Lopes
Enviado por Samara Lopes em 27/03/2014
Código do texto: T4746386
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