Nada mais...

Chuva fininha que caia...
Lavando e levando as lembranças
Que estavam aglutinadas em minha alma.
Quando pela primeira vez vi
A luz dos olhos teus...
Onde fiquei com o meu rosto
Rosado da alma doce de uma
Menina perfumada de sonhos mil...
Na pureza de minha inocência.
Lágrimas...
A voz embargada por

Um sonho não realizado no meu mundo
Desnudo, enrolada naquele lençol de chita,
Que ainda assim sentia frio... Pois a garoa,
Gotículas fininhas passavam pelas frestas
Das telhas de argila, muitas vezes separadas
Pelos gatos no cio no corre, corre...
Seguido de trovões, raios e relâmpagos
E que medo; quanto medo havia em mim.
Porém, já um tanto sonolenta, perdi o rumo
Das lembranças da tua face e dos teus olhos esmeralda,
Tua pele morena... Acalmando a tempestade adormeci!
Eu ainda menina casta, virgem flor, vivendo de
De uma nostalgia que nunca havia existido antes.
 Só eu sabia do desejo, do tremor do afã do meu
Coração; quando num sonho ele tocou em meu rosto;
Rosado pelo fulgor da emoção, mas se quer me beijou.
Afinal, eu era apenas uma adolescente e desejava
Sair do casulo para conhecer as delícias que é o amor.
Mas ele só me olhava, me olhava e nada mais...



(Imagens google)

 
Mary Jun
Enviado por Mary Jun em 31/03/2014
Reeditado em 31/03/2014
Código do texto: T4751473
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