Cálice amargo

Cria ilusões o coração que se embriaga por um amor

numa taça vazia.

Perde a razão e o bom senso quando já sem juízo equilibrado,

Profere palavras mal ditas e frases desconexas...

Mas quem as ouve não, chora em oculto e o revide é um silêncio mortal.

Silêncio que atravessa a noite e rasga o dia,

Deixando na boca um gosto amargo,

Roubando o prazer em toda sua dimensão.

Quando a consciência retorna ao nível aceitável

É que é possível ver os danos causados.

Há de ser prudente e não se embriagar de amor,

Da mesma forma deve-se proceder com relação à cólera.

Pois é traiçoeira e megera e procura sempre se manifestar

Nos momentos mais frágeis do ser humano.

SÔNIA SYLVA
Enviado por SÔNIA SYLVA em 23/06/2014
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