Cálice amargo
Cria ilusões o coração que se embriaga por um amor
numa taça vazia.
Perde a razão e o bom senso quando já sem juízo equilibrado,
Profere palavras mal ditas e frases desconexas...
Mas quem as ouve não, chora em oculto e o revide é um silêncio mortal.
Silêncio que atravessa a noite e rasga o dia,
Deixando na boca um gosto amargo,
Roubando o prazer em toda sua dimensão.
Quando a consciência retorna ao nível aceitável
É que é possível ver os danos causados.
Há de ser prudente e não se embriagar de amor,
Da mesma forma deve-se proceder com relação à cólera.
Pois é traiçoeira e megera e procura sempre se manifestar
Nos momentos mais frágeis do ser humano.